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E o rock de Cazuza veste a camisa do samba no Carnaval de São Paulo...

♫ OPINIÃO ♩ Já era 5h30m da manhã deste sábado, 1º de março, quando a escola de samba Camisa Verde e Branco cruzou a avenida do Sambódromo do Anhembi...

E o rock de Cazuza veste a camisa do samba no Carnaval de São Paulo...
E o rock de Cazuza veste a camisa do samba no Carnaval de São Paulo... (Foto: Reprodução)

♫ OPINIÃO ♩ Já era 5h30m da manhã deste sábado, 1º de março, quando a escola de samba Camisa Verde e Branco cruzou a avenida do Sambódromo do Anhembi – palco do Carnaval de São Paulo – para a agremiação e o dia nascerem felizes com o desfile em homenagem ao carioca Agenor de Miranda Araújo Neto (4 de abril de 1958 – 7 de julho de 1990), o Cazuza, um dos grandes nomes da música brasileira. Sim, Cazuza deu samba no Carnaval de São Paulo. Com o tema O tempo não para! Cazuza – O poeta vive, a tradicional escola paulistana vestiu a camisa do rock para celebrar, na cadência do samba-enredo, a vida e a obra de um artista que, sozinho ou em parceria com nomes como Roberto Frejat e Lobão, compôs um dos repertórios fundamentais do rock made in Brasil na década de 1980. De autoria creditada aos compositores Silas Augusto, Claudio Russo, Rafa do Cavaco, Turko, Zé Paulo Sierra, Fábio Souza, Luiz Jorge, Dr. Elio e Bruno Giannelli, o samba-enredo da Camisa Verde e Branco aludiu em versos da letra a vários sucessos do artista. Entre eles, Todo amor que houver nessa vida (1982), Bete Balanço (1984), Exagerado (1985), Brasil (1988) e Faz parte do meu show (1988). Lucinha Araújo – mãe de Cazuza e ativista na luta contra a aids, doença que tirou o artista precocemente de cena, aos breves 32 anos – desfilou em um dos carros alegóricos da escola. Daniel Oliveira, ator que ganhou prestígio e projeção nacional ao interpretar o cantor no filme Cazuza – O tempo não para (2004), veio em outro carro. Já ala das baianas desfilou vestida de branco com fita vermelha, símbolo mundial da luta contra a Aids.